A saúde mental é profundamente influenciada pelas experiências sociais que cada indivíduo vivencia. No caso de pessoas da comunidade LGBTQIA+, o impacto da discriminação, do preconceito e da exclusão pode ser devastador para o bem-estar emocional. Mesmo com avanços sociais importantes, os efeitos da intolerância ainda são sentidos diariamente — e isso se reflete no emocional e na vida de milhares de brasileiros.
O peso da discriminação
Segundo a pesquisa do Instituto Datafolha de 2022, 7 em cada 10 pessoas LGBTQIA+ afirmaram já ter sofrido discriminação por conta de sua orientação sexual ou identidade de gênero em espaços públicos, escolas ou no trabalho. Esse dado escancara a realidade de uma parte da população que, além dos desafios cotidianos comuns a todos, precisa lidar com o medo constante de violência, julgamento e rejeição.
Essa realidade não apenas afeta o humor e a autoestima, mas também contribui para o desenvolvimento de transtornos como depressão, ansiedade, síndrome do pânico e até mesmo ideias suicidas. A vulnerabilidade da população LGBTQIA+ em relação à saúde mental está relacionada a esses estressores constantes e, muitas vezes, invisíveis para quem não vivencia essa realidade.
Saúde mental não é luxo — é urgência
O sofrimento mental causado pela homofobia, transfobia e outras formas de violência são um problema de saúde pública. O Relatório do Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+ mostra que o Brasil continua sendo um dos países que mais mata pessoas LGBTQIA + no mundo — uma realidade que gera medo e sofrimento psicológico crônico. A falta de acolhimento nas escolas, na sociedade e na família cria uma realidade para as pessoas de um risco eminente de se expor e de sentir profundamente os seus desejos e sonhos. Nessas condições de falta de acolhimento, o acompanhamento psicológico e psiquiátrico podem ser um importante aliado.
Viver em constante alerta, esconder quem se é e ser rejeitado pela família ou pelo ambiente de trabalho são experiências que deixam marcas profundas e que interferem em como a pessoa se relaciona com si mesmo e com os outros. Como destaca Dra. Maria Esther Delgado, fundadora do Espaço Abra, ”Cuidar da saúde mental da população LGBT também é um ato político, porque nós enfrentamos estigmas e discriminações que aumentam exponencialmente o risco de sofrimento psíquico, e garantir acolhimento e cuidado é essencial para promover equidade e bem-estar’’
O papel da consulta psiquiatra online
Buscar ajuda especializada é um ato de coragem. A boa notícia é que, com o avanço da tecnologia, o acesso ao cuidado psiquiátrico está cada vez mais fácil e mais democrático. A consulta com psiquiatra online tem se tornado uma opção cada vez mais acessível e acolhedora, principalmente para quem vive em regiões onde não há especialistas com experiência no cuidado da população LGBTQIA +, ou para quem não se sente confortável em ambientes presenciais.
Essa modalidade de atendimento permite que o paciente fale de forma aberta e segura sobre seus sentimentos, suas vivências e traumas, sem o medo do julgamento. É uma forma de cuidado pensada para respeitar a individualidade e proporcionar alívio emocional em um ambiente seguro e protegido.
Como saber quando buscar ajuda
Sinais de que a saúde mental pode estar comprometida incluem tristeza profunda ou persistente, ansiedade, alterações no sono ou no apetite, perda de interesse por atividades que antes eram prazerosas, pensamentos de menos valia e isolamento social. Para a comunidade LGBTQIA +, esses sintomas podem ser agravados por experiências de exclusão, violência ou invisibilização.
É importante destacar que reconhecer esses sinais não são sinais de fraqueza. O sofrimento psíquico é legítimo, tem causas concretas e pode ser aliviado com apoio profissional.
O apoio faz toda a diferença
Além do tratamento médico, é essencial contar com uma rede de apoio. Famílias, amigos e espaços seguros fazem parte da reconstrução da autoestima e da superação de traumas. Estudos mostram que jovens LGBTQIA+ que têm apoio familiar apresentam índices significativamente menores de depressão e suicídio.
O Espaço Abra acredita que ninguém deve enfrentar o sofrimento sozinho. A consulta psiquiatra online é parte de um esforço para acolher com respeito e responsabilidade quem está passando por momentos difíceis — sem julgamentos, com escuta, afeto e ciência.
Caminhos para uma sociedade mais inclusiva
Além de leis e políticas públicas, também é preciso combater o preconceito com educação e diálogo. O cuidado com a saúde mental da população LGBTQIA + começa no reconhecimento das suas vivências e no respeito pela sua dignidade.
Como afirma a cartilha do Ministério da Saúde sobre atenção integral à saúde de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, “promover saúde é também promover direitos”.
Se você ou alguém próximo está sofrendo com os efeitos da discriminação e sente que precisa de apoio, agende uma consulta online com um profissional que respeite e valide suas vivencias. Conte com os profissionais do Espaço Abra.